O secularismo é definido como profano (versus sagrado) |
OS
DESAFIOS CRISTÃOS AO CRITICISMO DO SECULARISMO
É necessária
uma análise do conceito da palavra “secularização” para entendermos como o deus
deste século trabalha de forma ardil no mundo espiritual. E será possível uma
compreensão detalhada de como as coisas estão acontecendo no mundo pós-moderno.
A
palavra “Secularismo” vem do latim “saeculum” faz referência a uma época ou de
uma geração. No latim eclesiástico, significa “o mundo”, ou “a vida do mundo”
que pode também significar “o espírito do mundo”, que se entende vem o sentido
da palavra “secularização”. No estudo contemporânea, secularismo e humanismo
são frequentemente entendidos como humanismo secular, que faz uma abordagem à vida
de pensamento, indivíduo e sociedade, que glorifica a criatura em vez do
Criador.
“O
que é secularismo? Termos afins a este conceito são materialismo, humanismo,
racionalismo, consumismo, existencialismo, religionismo, nominalismo e
mundanismo. Secularismo é o inverso da espiritualidade bíblica na vida do
crente. Secularismo é, no caso da vida da igreja, uma forma sutil, capciosa,
ardilosa e disfarçada de corrupção na igreja. Seus pecados são, na maior parte,
pecados do espírito. ” [Gilberto. Revista obreiro, p. 37].
De
certa forma, já é notado que o secularismo já é presente em algumas igrejas
cristãs. O secularismo força a crença na profanação do sagrado. Quando uma
igreja se torna secular, os valores espirituais não são mais valorizados e da ênfase
a exaltação humanas e valores materiais. Há igrejas, que já se transformaram em
palcos de entretenimentos, animações e levando pessoas a motivações emocionais.
A Bíblia, porém, afirma: “Mui fiéis são os teus testemunhos; a
santidade convém à tua casa, Senhor, para sempre” (Sl 93.5).
A
humanidade vivenciou diferentes momentos ao longo da história, com
características bastante específicas que contribuíram para distinguir de forma
clara uma época da outra. A Era Moderna, por exemplo, teve como marca o avanço
do conhecimento humano, o advento da industrialização, a predominância da luta
ideológica, a expansão da fé cristã ao redor do mundo, a proliferação das
seitas e a aceitação das religiões vindas do oriente e a miscigenação ocidental.
Já
os tempos Pós-Modernos, este que estamos vivendo, são apontados pelo progresso,
mas sobretudo pelos conflitos e contradições da Era Moderna, e possuem, por
isso mesmo, características bastante peculiares. Assim, a Igreja e seus
obreiros se vêem diante de um grande desafio, o da secularização, prática esta
que pode esvaziar a religião existente. Na Pós modernidade, a religião deixou a
dimensão pública e passou a restringir à esfera privada. Numa tentativa de se
libertar da cultura religiosa com padrões morais absolutos, o indivíduo pós-moderno
criou uma religiosidade interior, subjetiva e sem culpa.
Neste sentido, as pessoas optam por suas
“preferências” religiosas sem se importarem com as opiniões contrárias. Os
critérios que orientam essas escolhas são todos pessoais e subjetivas, não tem
o respaldo das Escrituras Sagradas. E que mais intriga é que esse novo modelo
não impõe sua nova fé a ninguém. Na Igreja, o que antes era convicção, hoje tornou-se
opção. Os mandamentos divinos passaram a ser “sugestões divinas”. A Igreja
passou a ser orientada por aquilo que “dá certo” e não por aquilo que “é
certo”.
Os
Cristãos que afirmam racionalidade, entretanto, devem estar preparados para
aceitar duras críticas, e para cultivar uma atitude de autocrítica dentro de
suas próprias comunidades. As doutrinas e formas de espiritualidade consideradas
tradicionais, junto com a própria Bíblia, pode se dizer que não estão isentas
de investigação crítica. Esta se torna necessária devido a aliança entre fé e
razão.
Nesta investigação, a confiança Cristã na
verdade de Deus e de Sua revelação deve ser forte o bastante para crer que a
verdade não vai sucumbir a nenhuma descoberta da investigação crítica. Certo
que há formas de críticas vis e preconceituosas que sendo distorcidas pressupõe
uma visão de mundo secularista que são maléficas à fé Cristã. Para que a
investigação crítica possa florescer, tais falsos críticos tem que ser
firmemente expostos e de forma severa rejeitados.
Concluo
que, se pensarmos que devemos blindar a verdade revelada de Deus da
investigação crítica, na verdade demostramos nossa descrença. A investigação, enquanto
pode as vezes apresentar suas dificuldades, irá no final realçar a gloria da
verdade de Deus. A nossa crença na verdade, na anunciação da vida, será nossa única
resposta, também da igreja aos desafios do secularismo.
No livro
de Dean Kelley, escrito há quase vinte e cinco anos atrás, com o título em inglês,
Why Conservative Churches Are Growing (Porque Igrejas Conservadoras Estão
Crescendo). O que as pessoas estão buscando na religião é uma alternativa
plausível, ou no mínimo um complemento à vida numa sociedade secular. A
religião que é nada mais do que ou provavelmente não será nada interessante.
Manoel
Messias
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