E A BÍBLIA TINHA RAZÃO
De novo é levantado um
argumento que muitos anos atrás gerou grande controvérsia: a credibilidade da
Bíblia. Entretanto, escavações arqueológicas efetuadas em numerosos locais da
Palestina, da Síria e de outras terras bíblicas têm trazido à superfície muitas
evidências que tem feito contribuições para uma melhor compreensão ou
averiguação dos relatos bíblicos. O professor W. F. Albringht, uma autoridade
no assunto, faz a seguinte observação sobre a arqueologia bíblica:
“Graças às pesquisas
modernas, reconhecemos agora a historicidade essencial dela (A Bíblia). As
Narrativas acerca dos Patriarcas, de Moisés, do Êxodo, da conquista de Canaã,
dos Juízes, da monarquia, do exílio e da restauração foram todas confirmadas e
ilustradas a um ponto que, quarenta anos (ou mais) atrás, seria considerado uma
impossibilidade”.[1]
Apesar de tantas
evidências a favor da Bíblia, a Revista Super Interessante do mês de julho
trouxe como tema de capa o assunto: Bíblia o que é verdade e o que é lenda.
Nesta matéria seu autor afirma que religião e a ciência disputam a posse da
verdade há tempo. Utilizando-se da filologia (estudo da língua e dos documentos
escritos), da arqueologia e da história chegou à conclusão que a Bíblia é “uma
coleção de mitos, lendas e propaganda religiosa”.
Para o autor desta
matéria a Bíblia contém 73 livros (pelo que entendemos ele incluiu os apócrifos
que são no total 7 livros: Tobias após o livro canônico de Neemias, Judite após
o livro de Tobias, Sabedoria de Salomão após o livro canônico de Cantares,
Eclesiástico após o livro de Sabedoria, Baruque após o livro canônico de
Lamentações, 1 Macabeu e 2 Macabeu após o livro canônico de Ester). A igreja
Romana aprovou os apócrifos em 18 de abril de 1546, para combater o movimento
da reforma protestante, que se iniciava. Nessa época, os protestantes combatiam
violentamente as novas doutrinas romanistas: do purgatório, da oração pelos
mortos, da salvação mediante obras, entre outras. A igreja Romana via nos
apócrifos bases para essas doutrinas, e, apelava para eles, aprovando-os como
canônicos. Estes livros foram por um bom tempo ainda sendo publicado nas
Bíblias, não porque fossem inspirados, mas por conter valor literário e
histórico. Somente em 1629 os evangélicos os omitiram de vez nas Bíblias editadas,
para evitar confusão entre o povo simples que muitas vezes não conseguia
discernir entre um livro inspirado por Deus e um apócrifo (não inspirado).
MERECE CONFIANÇA O
ANTIGO TESTAMENTO?
O autor da matéria
ainda diz: “O Velho Testamento, aceito como sagrado por judeus, cristãos e
mulçumanos, é composto de 46 livros que pretendem resumir a história do povo
hebreu....”. Pelo que sabemos; os apócrifos somente são aceitos pela igreja
Católica Romana e pela igreja Ortodoxa Grega como canônicos, para os judeus em
qualquer época da história, a tanach (Antigo Testamento) era composto de 24
livros sendo 5 livros da Lei, 8 livros dos profetas, 11 escritos. Isto
acontecia porque 1 e 2 Samuel eram um só livro, 1 e 2 Reis eram um só livro, 1
e 2 Crônicas eram um só livro, Esdras e Neemias eram um só livro, os Doze
profetas menores eram um só livro, sendo que este 24 são os mesmo 39 que temos
hoje. Flávio Josefo, historiador judeu os reduziu posteriormente a 22 livros,
em correspondência às 22 letras do alfabeto hebraico, combinando Rute com
Juizes e Lamentações com Jeremias.
Afirmar que os judeus
aceitavam os apócrifos como regra de fé e conduta é chamar Jesus de mentiroso,
pois ele citou a crença corrente entre seus conterrâneos ao afirmar: “convinha
que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos
Profetas, e nos Salmos” (Lc 24.44). Se houve algo em que os judeus foram fieis
até a morte, foi em preservar os oráculos divino como temos hoje nos 39 livros
do Antigo Testamento.
A VERACIDADE DA
HISTÓRIA DO DILÚVIO
A revista começa
questionando o dilúvio. Pelos numerosos relatos e narrativas mitológicas da
Babilônia temos vários paralelos com os primeiros onze capítulos do livro de
Gênesis. Afirmar que “a narrativa do Gênesis é uma apropriação do mito
mesopotâmico” é desconhecer a causa. Não encontramos nenhum paralelo na
Mesopotâmia, nem no Egito, com as descrições do Jardim do Éden, nem sobre a
tentação e queda do homem a não ser na Bíblia. Um dos achados mais importantes
da arqueologia é a décima primeira tábua da famosa Epopéia de Gilgamés. Nela e
no mito de Atrahasis encontramos várias semelhanças com os relatos bíblicos,
veja:
ÉPICO DE GILGAMÉS
“Outro achado
importante que vem das escavações de Henry Layard foi um velho conto babilônico
do dilúvio chamado Épico de Gilgamés. Quando o Épico de Gilgamés foi publicado
pela primeira vez na Europa em 1872, ele causou uma sensação que rivalizava com
as teorias de Darwin. Algumas pessoas o declaravam uma prova histórica do
dilúvio do Gênesis, enquanto outros ainda desdenhavam da asseveração de que a
Bíblia é singular e autentica. Em toda a literatura mesopotâmica, o conto do
dilúvio no tablete 11 representa a principal correlação com o texto bíblico. Na
história recontada aqui, Gilgamés é avisado sobre o dilúvio por Utnapishtim, um
homem que ganhou a imortalidade, e como o Noé bíblico, também passou salvo
pelas águas do dilúvio. Em seu relato do dilúvio, ele diz que o deus criador Ea
favoreceu-o avisando-o sobre o dilúvio e ordenando-lhe que construísse um barco
(cf. Gn 6.13-17). Neste barco ele levou sua família, tesouros e todas as
criaturas vivas (cf. Gn 6.18-22; 7.1-16), escapando assim da tempestade enviada
pelos céus que destruiu o restante da humanidade (cf. Gn 7.17-23). De acordo
com seus cálculos, a tempestade acabou no sétimo dia, e a terra seca apareceu
no décimo segundo dia (cf. Gn 7.24) quando o barco veio repousar sobre o monte
Nisir, no Curdistão (ao invés do bíblico monte Ararate, na Turquia)”.[2]
O ÉPICO DE ATRAHASIS
“A descoberta do mais
antigo texto mesopotâmico com paralelos com o Gênesis foi feito no século
passado e chamado Épico de Atrahasis (Atrahasis é o principal personagem da
narrativa). Apesar de ter sido primeiro publicado em 1876 por George Smith, do
museu britânico, descobriu-se em 1956 que ele tinha erroneamente ordenado a
destruição dos fragmentos do texto, e em 1965 que tinha somente um quinto do
próprio texto! Foi então que o erudito inglês Alan Millard, assistente interino
do Departamento de Antiguidade da Ásia Ocidental no Museu Britânico, pôde
restaurar outros três quintos de texto dos fragmentos armazenados no porão do
museu. Enquanto analisava um texto que tinha sido desenterrado mais de um
século antes, ele notou que os escritos pareciam estranhamente como os do livro
de Gênesis. Esta história épica estava preservada num tablete de mais de 1.200
linhas. O tablete em si provavelmente datava do século XVII a.C., mas a
história que ele recontava remonta a séculos do período babilônico mais antigo.
A história, apesar de apresentada de uma perspectiva teológica dos babilônicos,
contém muitos detalhes que são semelhantes aos relatos bíblicos da criação e do
dilúvio. No conto babilônico os deuses governavam a terra (cf. Gn 1.1). Eles
fazem o homem do pó da terra misturado com sangue (cf. Gn 2.7; 3.19; Lv 17.11).
Para tomar dos deuses inferiores a responsabilidade de cuidar da terra (cf. Gn
2.15). Quando os homens se multiplicam sobre a terra e se torna muito
barulhento, um dilúvio é enviado (depois de uma série de pragas) para destruir
a humanidade (cf. Gn 2.15). Um homem chamado Atrahasis, é avisado sobre o
dilúvio e recebe ordens para construir um barco (cf. Gn 6.14). Ele constrói um
barco e enche-o de comida, animais e pássaros. Por este meio ele é salvo
enquanto o resto do mundo perece (cf. Gn 6.17-22). Muito do texto é destruído
neste ponto, portanto não há registro da atracagem do barco. Contudo, como na
conclusão do relato bíblico, a história termina com atrahasis oferecendo um
sacrifício aos deuses e o deus principal aceitando a continuação da existência
humana (cf. Gn 8.20-22)”.[3]
Além de a arqueologia
confirmar o dilúvio, temos ainda a confirmação deste evento pela boca de
ninguém menos que Jesus que o comparou com a sua segunda vinda: “E, como foi
nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim
como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em
casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca. E não o perceberam, até que
veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do
homem” (Mt 24.37-39). Veja que Jesus admitiu o dilúvio, então para nós é
questão resolvida, pois duvidar de suas palavras é duvidar de Deus.
ABRAÃO, A ROTA E OS
CAMELOS.
Ainda o autor cita um
arqueólogo israelita, diretor do Instituto de Arqueologia da Universidade de
Tel-aviv para confirmar seu artigo. Pode até parecer estranho, mas não é de
hoje que alguns judeus se juntam aos seus colegas gentios para negarem a
existência dos patriarcas. Outros também já se levantaram para elaborar teorias
que provasse que a narrativa dos patriarcas no livro de Gênesis era
historicamente impossível. A Arqueologia verificou a existência de quase todas
as cidades mencionadas em conexão com as peregrinações de Abraão. Já ficou
provada a existência das cidades de Siquém, Betel, Ai, Jerusalém, Gerar, Dotã e
Berseba no tempo de Abraão. Além disso, se Abraão é apenas um fato histórico, a
prática da circuncisão que os judeus praticam até o dia de hoje seria uma
farsa. Mas este ato testifica para a comunidade judaica sua identificação com
os patriarcas bíblicos; negar Abraão é negar a fé de milhares de judeus que ao
nascerem seus pais os submetem a Aliança que o Eterno firmou com este hebreu.
No Novo Testamento ele é chamado de “Pai de todos nós” (Rm 4.16) e os crentes
em Cristo Jesus são chamados de “filhos” e descendentes dele “segundo a
promessa” (Gl 3.7,29). Ainda vemos que Jesus e os apóstolos ratificam a
historicidade dos patriarcas (Mt 1.1-2; 3.9; 8.11; Lc 13.28; 16.22-30;
20.37-38; Jo 8.39-58; At 3.13,25; 7.16-17; Hb 2.16; 7.1-9; 1 Pe 3.6).
Na revista ainda
lemos: “Vejamos agora o caso de Abraão, o patriarca dos judeus. ...Na viagem,
ele e seus filhos comerciavam em caravanas de camelos... e, naquela época, os
camelos ainda não haviam sido domesticados” (Página 43). Como estudante de
história, tenho certeza de uma coisa, é impossível, historicamente datar
precisamente quando o homem passou a domesticar os animais. Entretanto, o autor
da revista quer dar entender que os camelos não eram domesticados por volta de
1850 a.C., mas há outros historiadores que pensam diferente dele. Observou
Kenneth Kitchen: “Com freqüência tem sido afirmado que a menção a camelos e sua
utilização é um anacronismo no livro de Gênesis. Tal acusação simplesmente não
esta ao lado da verdade, visto que existem evidências tanto filológicas quanto
arqueológicas no tocante ao conhecimento e à utilização desse animal nos
começos do segundo milênio a.C., e mesmo antes”. Prosseguiu ele em sua
explanação: “Apesar de uma possível referência a camelos, em uma lista de
rações de Alalakh (cerca do século 18 a.C.), ter sido disputada, as grandes
listas léxicas mesopotâmicas, que se originaram no antigo período babilônico,
mostram que o camelo era conhecido desde cerca de 2000 — 1700 a.C., incluindo
sua domesticação. Outrossim, um texto sumério de Nipur, pertencente ao mesmo
antigo período, fornece-nos uma clara evidência da domesticação do camelo nesse
tempo, através de suas alusões a leite de camela. Ossos desse animal têm sido
encontrados nas ruínas de casas em Mari, pertencente ao período anterior ao rei
Sargão - séculos 25 e 24 a.C. Essas e uma grande variedade de evidências não
podem ser descartadas levianamente. Quanto aos começos e aos meados do segundo
milênio a.C., um uso limitado do camelo é pressuposto tanto por evidências
bíblicas quanto evidências externas, até o século 12 a.C.”.[4]
Torna-se secundário
esse questionamento sobre a domesticação do camelo, mesmo que não tivéssemos a
opinião contrária de um outro pesquisador, a problemática em datar esses fatos
já seria um ponto a favor da veracidade Bíblia.
O ÊXODO
A páscoa judaica
comemora a saída da nação israelita do Egito. Nesta cerimônia os israelitas
celebram por quase 3500 anos a saída da escravidão. Este evento foi o marco
inicial da nação judaica, sendo até o dia de hoje lembrado entre os hebreus
através da Seder (refeição tradicional) e da Hagaddah (história da saída do
Egito). Mesmo assim existem vários eruditos judeus e cristãos que acreditam que
o êxodo nunca aconteceu. Citarei alguns arqueólogos para solução das dúvidas
levantadas:
O arqueólogo W. F. Albright
ainda comenta acerca da exatidão das Escrituras: “Os dados do Pentateuco são,
em geral, muito mais antigos do que a época em que foram finalmente copilados;
novas descobertas continuam a confirmar a precisão histórica ou a antiguidade
do texto em um detalhe após outro...Dessa maneira, é uma atitude exageradamente
critica negar o caráter substancialmente mosaico da tradição do Pentateuco”.[5]
Sir Frederic Kenyon
diz: “Portanto, é legitimo afirmar que, em relação àquela parte do Antigo
Testamento contra a qual diretamente se voltou à crítica destruidora da segunda
metade do século dezenove, as provas arqueológicas têm restabelecido a
autoridade do Antigo Testamento e, mais, têm aumentado o seu valor ao torná-lo
mais inteligível através de um conhecimento mais completo de seu contexto e
ambiente. A arqueologia ainda não se pronunciou definitivamente a respeito, mas
os resultados já alcançados confirmam aquilo que a fé sugere, que a Bíblia só
tem a ganhar com o aprofundar do conhecimento”.[6]
Foi um estudioso e
administrador britânico. Foi depositário-assistente de manuscritos do Museu
Britânico (1898-1909). Tornou-se diretor do museu, cargo que ocupou até 1930.
Publicou numerosas obras, inclusive: a Paleografia dos Papiros Gregos, Nossa
Bíblia e os Manuscritos Antigos, Manual da Critica Textual do Novo Testamento e
a Bíblia e a Arqueologia.
Nelson Glueck, o
renomado arqueólogo judeu, escreveu: “Pode-se afirmar categoricamente que até
hoje nenhuma descoberta arqueológica contradisse qualquer informação dada pela
Bíblia”. E prossegue comentando a “incrível fidelidade da memória histórica da
Bíblia, especialmente quando corroborada pelas descobertas arqueológicas”.[7]
Merril Unger faz um
resumo: “A arqueologia do Antigo Testamento tem redescoberto nações inteiras,
tem ressurgido povos importantes e, de um modo bem surpreendente, tem
preenchido vazios históricos, aumentando imensuravelmente o conhecimento do
contexto histórico, social e cultural da Bíblia”.[8]
Bacharel em Ciências
Humanas e Doutorado em Filosofia pela Universidade Johns Hopkins, e o Mestrado
em Teologia e em Divindade pelo Dallas Theological Seminary.
Millar Burrows, da
Universidade de Yale (nos Estados Unidos), comenta: “Em muitos casos a
arqueologia tem refutado as opiniões de críticos modernos. Ela tem demonstrado
em vários casos que essas opiniões repousam sobre pressuposições falsas e
esquemas irreais e artificiais de desenvolvimento da história. Essa é uma
contribuição real, que não deve ser minimizada”.[9]
São infrutíferos os
esforços de ridicularizar a Bíblia em detrimento de novas descobertas afloradas
pela ciência moderna, porque a Bíblia leva na sua mensagem a sua própria
defesa. Quando novos fatos científicos afloram de maneira criteriosa e exata,
sempre vem a corroborar com as Escrituras Sagradas.
A CIÊNCIA E AS
QUESTÕES BÍBLICAS
“O Gênesis, a história
do dilúvio é uma das poucas que ainda alimenta o interesse dos cientistas,
depois que os físicos substituíram a criação do mundo pelo Big Bang e Darwin
substituiu Adão pelos macacos”(P.42). Sobre o gênesis e o dilúvio, isto é uma
realidade, pois quando a ciência[10], chega à conclusão de suas pesquisas não
há mais o que buscar a não ser trocar o certo pelo duvidoso. Vejamos um pouco
mais sobre os assuntos citados.
SOBRE O BIG BANG
O ilustre divulgador
da teoria do Big Bang, Doutor Hawking afirma o seguinte sobre tal tese: “Se
encontrarmos a resposta para isso teremos o triunfo definitivo da razão humana;
porque, então, teremos atingido o conhecimento da mente de Deus”.[11] Ou seja,
um dos mais brilhantes cientistas, defensor da idéia do Big Bang, teve a
humildade de deixar o assunto em aberto, mas o jornalista concluiu o que nem os
cientistas ainda concluíram – QUE O BIG BANG É FATO! As revistas, de modo
geral, argumentam a favor e contra essa teoria, ainda não há um consenso.
O site
www.ChristianAnswers.Net/portuguese relata alguns fatos interessantes a
respeito do tema, vejam: Os Criacionistas sustentam que no princípio Deus falou
e a Terra surgiu -- ele ordenou e os céus se firmaram (Sl. 33.9)! Todas as
milhares de estrelas apareceram repentinamente e sobrenaturalmente no espaço.
As Escrituras não indicam uma explosão, embora o universo deva ter
experimentado uma entrada repentina, "explosiva" de energia ordenada.
Talvez alguns dados astronômicos que pareçam apoiar a teoria do big bang, tais
como radiações infravermelhas e residuais, precisem, pelo contrário, ser
encarados como evidências de uma criação rápida. Uma primeira variação secular
da teoria do big bang fazia referência a um big bang "inflacionário",
sugerindo que o universo teria se desenvolvido e amadurecido muito rapidamente
em seus primeiros instantes. Nessa teoria particular, a ciência secular parece
ter tomado um passo na direção criacionista. Maiores progressos devem ser de
interesse nessa área de teoria e pesquisa. O big bang como é entendido hoje é
uma teoria inadequada. Há muitos problemas fundamentais que raramente são
mencionados na literatura popular. Alguns dos "elos perdidos" na teoria
são:
Origem Perdida: A
teoria do big bang supõe uma concentração original de energia. De onde veio
essa energia? Os astrônomos algumas vezes falam de uma origem a partir de uma
"flutuação mecânica quântica dentro de um vácuo". No entanto, na
teoria do big bang, não existia nenhum vácuo antes da explosão. De fato, não há
nenhuma teoria secular consistente para a origem, desde que cada idéia é
baseada na preexistência de matéria ou energia.
Detonador Perdido:O
que acendeu a grande explosão? A concentração de massa proposta nessa teoria
iria permanecer unida para sempre como um buraco negro universal. A gravidade
iria impedi-la de se expandir ao redor.
Formação dos Astros
Perdida: Nenhum modo natural foi encontrado para explicar a formação dos
planetas, estrelas e galáxias. Uma explosão teria produzido, na melhor das
hipóteses, uma pulverização de gás e radiação para o exterior. Este gás deveria
continuar se expandindo, e não formar intrincados planetas, estrelas e galáxias
inteiras.
Antimatéria Perdida:
Algumas versões da teoria do big bang requerem igual produção de matéria e
antimatéria. Contudo, apenas pequenos traços de antimatéria - positrons e
antiprótons, por exemplo - são encontrados no espaço.
Tempo Perdido: Alguns
experimentos indicam que o universo pode ser jovem, da ordem de 10 mil anos de
idade. Se for verdade, então não há tempo suficiente para o desdobramento das
conseqüências da teoria do big bang. Um curto espaço de tempo não levará em
conta a evolução gradual das estrelas ou da vida na Terra.
Massa Perdida: Muitos
cientistas assumem que o universo eventualmente irá parar de se expandir e
começar a se contrair novamente. Então ele irá novamente explodir e repetir seu
tipo oscilatório de movimento perpétuo. Esta idéia é um esforço para escapar de
uma origem e um destino para o universo. Para que a oscilação ocorra,
entretanto, o universo deve ter uma certa densidade ou distribuição de massa.
Até agora, medições da densidade da massa são 100 vezes menores do que o
esperado. De fato há indicações de que o universo está acelerando para fora em
vez de diminuir a velocidade. O universo não parece estar oscilando. A massa
necessária ou "matéria escura" está "desaparecida".
Vida Perdida: Em um
universo em evolução, a vida deveria ter se desenvolvido em toda parte. O
espaço deveria estar cheio de sinais de rádio de formas de vida inteligentes.
Onde estão todos?
Neutrinos Perdidos:
Essas pequenas partículas deveriam inundar a Terra a partir do processo de
fusão do Sol. O pequeno número detectado levanta questões acerca da fonte de
energia do Sol e do entendimento global do homem sobre o universo. Como então a
ciência pode falar com alguma autoridade sobre as "origens"?
O Darwinismo já se
tornou obsoleto e tão superado que em muitas faculdades dos EUA nem ensinar
sobre esta teoria é permitido, mas o escritor do referido artigo vem tentar
trazer como novidade, “as mais recentes descobertas”, teorias nem aceitas mais
pela própria ciência! Sobre a questão “Teoria da Evolução” recomendo aos
leitores que verifiquem a revista Defesa da Fé número 44.
UMA DAS CIDADES MAIS
ANTIGA DA PALESTINA - JERICÓ
Sobre as muralhas de
Jericó o artigo diz: “...na entrada de Jericó, o exército hebreu toca suas
trombetas e as muralhas desabam, por milagre. Mas a ciência diz que Jericó nem
tinha muralhas nessa época” (Página 46). Conhecendo os métodos de datação e
como são cheios de falhas, fiquei pensando; quem foi o arqueólogo ou cientista
que deduziu que a Muralha de Jericó não existia nessa época? Alguns séculos,
dentro do contexto da historiografia, podem ser irrelevantes para a história de
maneira geral. Por exemplo, quando queremos datar o segundo império Babilônico,
temos grandes diferenças de ordem cronológica. Alguns historiadores corroboram
com a Bíblia que seria sete séculos antes de Cristo. Entretanto, outros datam
nove ou dez séculos antes de Cristo. A problemática é assim em toda a história,
tudo pode ser possível, ou não, mas certas afirmativas, usadas pelo autor da
matéria, são tendenciosas querendo arvorar um desfecho contrário a bibliologia.
Gostaríamos de saber a fonte de tal informação, pois a matéria deixa muita
coisa a desejar na bibliografia. Diferentemente da revista Super Interessante,
a Barsa 2001 corrobora com os escritos bíblicos sobre Jericó. Vejamos:
“Segundo a tradição
bíblica, depois que os hebreus deram sete voltas em torno de Jericó e os
sacerdotes tocaram suas trombetas, os muros da cidade tombaram e ela foi
ocupada pelas tribos de Josué. Jericó, cidade da Cisjordânia (margem ocidental
do rio Jordão), é um dos agrupamentos urbanos mais antigos do mundo, pois
remonta provavelmente ao nono milênio anterior à era cristã. Diversas
expedições arqueológicas empreendidas a partir de 1950 localizaram os restos da
cidade no monte Tall al-Sultan. Durante o neolítico, Jericó tinha construções
em adobe e uma muralha defensiva de pedra. Seus habitantes dedicavam-se à
agricultura e à pecuária. Os primeiros restos de cerâmica encontrados datam de
5000 a.C. Por volta de 2300 a.C., desenvolveu-se um poderoso núcleo urbano,
habitado inicialmente pelos amorritas e logo em seguida pelos cananeus.
Acredita-se que a chegada dos hebreus de Josué tenha ocorrido entre 1400 e 1260
a.C.”.
Arqueologia e a
Bíblia.
Resolvemos, nessa
continuação da matéria de refutação a Revista Super Interessante, iniciar o
assunto falando sobre a arqueologia. Veremos o que significa e como pode ser
útil na pesquisa Histórica.
O leitor precisa
entender que quando um historiador faz um levantamento de um dado ou de vários
dados históricos ele precisa utilizar várias ciências, Exemplo: Numismática
(Estudos das Moedas), Paleografia (Estudo de manuscritos antigos), Heráldica
(Estudo dos Brasões), Psicologia (Estudo do comportamento humano), Antropologia
(estuda e classifica os diversos grupos em que se distribui o gênero humano,
sob os aspectos biológico e cultural), Filologia (Ciência que tem por objeto o
estudo da língua em toda a sua amplitude e a partir de todos os documentos
escritos disponíveis)... Enfim, para que tenhamos uma razoável perspectiva da
história, nós precisamos usar todas as ferramentas que a erudição nos
disponibiliza. Entre essas ferramentas está a Arqueologia. A nossa abordagem
tentara mostrar que o importante é o conjunto em prol de uma solução.
Definindo o Termo:
Arqueologia Do gr.
archaiología. S. f. 1. O estudo científico do passado da humanidade, mediante
os testemunhos materiais que dele subsistem. 2. O conjunto das técnicas de
pesquisa e da interpretação do que resulta da arqueologia. (Dicionário Aurélio,
Século 21 em CD Rom).
A Não Evidëncia Como
Evidëncia
Uma coisa que muitos
pesquisadores e arqueólogos tem feito é colocar a não evidëncia como evidëncia.
Ou seja, se não se acha a ruína de uma torre de quatro mil anos, então ela não
existiu. Erroneamente assim têm procedido alguns cientistas. Em minha humilde
opinião, agir dessa maneira é falta de responsabilidade.
- “Não há registros
arqueológicos ou históricos da existência de Moisés ou dos fatos descritos no
Êxodo...” (Página 43). Aqui a revista Super Interessante fala sobre Moisés e o
Êxodo, colocando o personagem e os fatos dos relatos bíblicos como inexistentes
devido à falta de evidëncia, (embora elas existam), ou seja, o autor está
usando o princípio da falta de evidëncia para evidenciar alguma coisa. É essa
gafe sem tamanho que quero que os leitores observem, pois falta de evidëncia
arqueológica é apenas um ponto, precisamos perguntar as outras ciências para
tirarmos todas as dúvidas – Por exemplo, o que nós diz a Numismática, a
Paleografia, a Diplomática e a Filologia? Sem contar que as picaretas dos
arqueólogos ainda não cessaram o seu labor, pode-se, a qualquer momento, mais
evidëncias serem precipitadas corroborando com as escrituras.
Informa-nos o seguinte
o Arqueólogo Price: “Deve ser lembrado que na arqueologia a ausência de
evidëncia não é evidëncia de ausência. Como a história demonstrou, dando-se
tempo, no fim a evidëncia dará apoio ao texto bíblico” (Price, R., Pedras que
Clamam, Editora CPAD, 2001, São Paulo, página 290).
Se relevarmos a
questão da Paleografia, Heráldica, Filologia... Em relação à Bíblia,
descobriremos que os manuscritos bíblicos são fartos e bastante confiáveis
pelos parâmetros historiográficos. Os manuscritos do Mar Morto, com varias
partes do Velho Testamento vieram à tona corroborando com os já existentes,
detalhe, alguns manuscritos datam do I e II século antes de Cristo. O Novo
testamento possui milhares de manuscritos, inclusive cópias do primeiro século,
da época dos apóstolos. De acordo com o Dr. Metzger (Ph. D.) há do Novo
Testamento 5.664 manuscritos em grego, milhares de outros manuscritos antigos
em outras línguas, no total de 24 mil manuscritos. (Vide: Strobel, L., Em
Defesa de Cristo, Editora Vida, 2001, São Paulo, Página 81).
Bem, já que temos um
grande arsenal documental sobre a Bíblia, para que serve a arqueologia?
Contundentemente
poderíamos afirmar que a arqueologia não serve para comprovar a Bíblia, mas
para corroborar com os seus fatos históricos e geográficos. Digo isso, por que
os acontecimentos miraculosos nunca poderão ser entendidos plenamente pela
mente humana, colocando a arqueologia em deficiência nesse aspecto. No geral,
entretanto, a arqueologia tem servido propositalmente à elevação da Bíblia como
um documento histórico de alta confiabilidade!
“Muitas pessoas têm a
idéia de que a arqueologia pode comprovar a Bíblia. Até certo ponto isso é
verdade. A arqueologia pode ajudar a verificar certos eventos históricos que
aconteceram no passado, mas a arqueologia só pode ir até onde aquela
arqueologia talvez possa demonstrar a verdade de algum evento histórico, mas
certamente não pode verificar o miraculoso” (Price, R., Pedras que Clamam,
Editora CPAD, 2001, São Paulo, página 297).
SAUL, DAVI E SALOMÃO
A matéria não nega a
existência de Davi e Salomão, mas ofusca a realidade bíblica em relação ao que
realmente foram esses dois grandes reis – “Há pouca dúvida de que Davi e
Salomão existiram... Na verdade, Davi não teria sido o grande líder que a Bíblia
afirma... Davi e Salomão teriam sido apenas líderes tribais de Judá...” (página
46).
Davi e Salomão foram e
são os pilares históricos da Nação Israelita. A existência desses dois Reis se
confunde com a própria existência da nação Judaica. Tirar Davi e Salomão da
história apenas por que há poucas fontes seculares, é um “crime historiográfico”
sem precedência, pois se acompanharmos essa linha de raciocínio, o que será do
resto da nossa história? Homero, Heródoto, Sócrates, Heráclito, Pitágoras... Se
o documento mais notório da história da humanidade – a Bíblia, não servir para
termos noção historiográfica de homens como Davi e Salomão, o que pensarmos dos
outros documentos históricos bem menos fiéis do que a Bíblia que preenchem as
lacunas históricas? Esse radicalismo “científico/histórico” pode nos precipitar
em uma grande crise de identidade histórica!
DAVI E A ARQUEOLOGIA
“Quanto a David, há
pelo menos um achado arqueológico importante: em 1993 foi encontrada uma pedra
de basalto datada do século IX a.C. com escritos mencionando um Rei David”
(Revista Super Interessante, Página 46).
“Outrossim, enquanto
que os documentos em papiro (que falavam sobre Davi) são perecíveis, os selos
que outrora estavam colados nestes documentos ainda existem. Escavações na
Cidade de Davi revelaram numerosos destes selos (ou bulas) de barro nas ruínas
de casas que foram queimadas pelo exército invasor babilônico no fim do período
do primeiro templo. Além disso, há excelentes exemplos de inscrições mais
duráveis desde o início da monarquia e o período do Primeiro Templo... Em Deir
Alá, localizado no vale do Jordão, foi descoberta uma inscrição aramaica de
meados do século VIII, mencionando o profeta bíblico Balaão (Nm. 22-24)...
Estas descobertas, entre outras, embora escassas e singelas, mostram os tipos
de achados que podem ser esperados e indicam certamente há mais a ser
encontrado...Os críticos estão sendo obrigados a rever suas considerações
céticas sobre o Rei Davi devido as descobertas de 1993... Inscrições num
monumento de quase 3.000 anos, escrito em basalto preto por dois inimigos
estrangeiros de Israel. Descoberto no sítio de Tel Dã, norte de Israel, esta
inscrição surpreendentemente traz as palavras CASA DE DAVI... O termo Casa de
Davi é um título que implica que, se havia uma Casa de Davi, deveria ter havido
um Rei Davi... Sob esta consideração, CASA DE DAVI implica que durante esse
período os reinos de Israel e Judá eram, como a Bíblia descreve, tremenda
ameaça tanto política quanto militar para as nações circunvizinhas. Os
revisionistas, porém, concederam que Israel e Judá eram cidades-estados insignificantes
na época de Davi e Salomão. Mas um poder estrangeiro dominante como a Síria
teria erigido um monumento comemorativo da derrota de inimigos sem importância?
... Até esse dia, os pequenos fragmentos que temos já são suficientes para
admoestar os céticos à não mitificar os personagens bíblicos, como Davi”
(Adaptado de: Price, R., Pedras que Clamam, Editora CPAD, 2001, São Paulo,
Tópico “O Rei Davi” da Página 140 à 152).
EVIDÊNCIAS DO REINADO
DE SAUL E O GOVERNO SALOMONICO
A Revista diz o
seguinte: Sobre Saul: “Não há registros históricos ou arqueológicos da
existência de Saul...” (Página 46). Sobre o período Salomonico: “Na verdade, o
grande momento da história hebraica teria acontecido não no período salomonico,
mas cerca de um século mais tarde...” (Página 46).
Ambas as questões são
resolvidas de maneira objetiva pelo Dr. Josh Mcdowell. Sobre Saul, é comentada
a escavação do seu palácio. Quanto a Salomão não ter sido o grande Rei que foi,
os registros da invasão do Rei Sisaque, após a morte do monarca hebreu mostra a
falácia dos argumentos de que ele não teria sido um poderoso imperador.
Muitíssimos outros exemplos poderiam ser oferecidos sobre como as evidências
arqueológicas têm projetado luz sobre os detalhes da narrativa bíblica. O
despretensioso castelo de Gibeá, a residência do rei Saul, têm sido
reencontrada... Os documentos assírios, em escrita cuneiforme, mencionam nove
dos trinta e seis monarcas hebreus que reinaram durante o período do império
assírio, oferecendo-nos muita informação valiosa sobre a história do reinado
dividido de Israel e Judá. O Egito tem produzido uma bem acolhida cópia de
evidências históricas, sob a forma tanto de documentos como de outro material.
Há registros a respeito da invasão de Judá e de Israel pelo exército do rei
Sisaque, após a morte de Salomão, registrada em dois livros do Antigo
Testamento. Um vasto arquivo até hoje existente, que consiste em vintenas de
documentos escritos em papiros, pelos judeus do período pós-exílio, tem
esclarecido muitos pontos obscuros acerca daquele interessante período
histórico sobre o qual colhemos alguns vislumbres nos livros de Esdras e de
Neemias. A pá e a picareta dos arqueólogos têm produzido, em favor dos
estudiosos da Bíblia, uma grande abundância de material auxiliar que
capacita-nos a compreender e defender, muito melhor do que antes, as narrativas
históricas das escrituras.
Teria o Pentateuco
Sido Escrito e Manipulado no Século VII a.C. e Não Escrito no Século XV a. C. ?
A Revista Super
Interessante, em uma argumentação falaciosa, argumenta que o Pentateuco teria
sido manipulado no século VII a.C. e não elaborado por Moisés no século XV a.
C. – “...A libertação dos hebreus, escravizados por um faraó Egípcio, foi
incluída no Torá provavelmente no século VII a. C...” (Página 43).
“Grabriel Barkay
descobriu em 1979, numa tumba do vale de Hinom, em Jerusalém, pequenos rolos de
prata contendo um texto do Pentateuco – a benção de Arão (Nm. 6:24-26), datado
de antes do exílio de Judá. O achado criou um problema para os eruditos que
defendiam a autoria do Pentateuco como sendo de sacerdotes de época posterior
ao exílio. Como resultado, suas teorias deverão ser abandonadas” (Price, R.,
Pedras que Clamam, Editora CPAD, 2001, São Paulo, Página 36).
Ainda nos informa o
Historiador Jaguaribe: “O mais antigo documento escrito da Tohah, o chamado
Documento J, data do décimo século a. C. A Torah, ou Pentateuco, contém cinco
livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio ...” (Jaguaribe, H.,
Um Estudo Crítico da História, Vol. 1, Editora Paz e Terra, 2001, São Paulo,
Página 217).
Se há documentos com
datas anteriores ao século VII a. C., a pergunta é óbvia, como então os
sacerdotes judaicos teriam manipulado algo que já existia?
É importante também
relevarmos nesse caso o respeito que os sacerdotes e escribas tinham pela Torá
e sua mensagem, desrespeitar a ordenanças de Deus seria trazer sobre si
maldição de morte, veja:
“Porém o profeta que
tiver a presunção de falar alguma palavra em meu nome, que eu não lhe tenha
mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá”
(Dt. 18:20).
Será que os zelosos
sacerdotes e escribas, conhecendo a maldição aos que inventassem palavras que
Deus não havia dito, teriam ainda assim coragem de acrescer algo ao Torá de
Deus? Presumir dessa maneira é, sem dúvida, desconhecer a exegese dos tempos
bíblicos e desprezar a dedicação de um povo que preserva sua religião e fé até
hoje!
Sinceramente, segundo
pesquisas, concluímos que é totalmente descabida a idéia do Pentateuco ter sido
elaborado ou acrescido na data proposta pela Revista Super Interessante.
Infâmias Contra Jesus
Cristo
Pior do que as
incongruências arqueológicas, que são até toleráveis, foram às infâmias
proferidas contra a pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo. Questionar eventos
históricos e arqueológicos é obrigação dos pesquisadores da área, mas duvidar
da fé alheia é outro assunto que foge da alçada de quem não tem o mínimo de
preparo teológico. O autor da matéria afrontou e desrespeitou a fé de milhares
de pessoas e, para piorar, com argumentos da pior qualidade científica e
arqueológica.
A Onde Jesus Nasceu,
Belém ou Nazaré?
A Revista, contrariamente
ao que diz a Bíblia (Lc. 2), tentando argumentar que o nascimento de Cristo em
Belém não passou de uma manobra para encaixá-lo na profecia real messiânica,
arvora: ... é praticamente certo que Jesus nasceu em Nazaré e não em Belém. A
explicação que o texto de Lucas dá para a viagem de Jesus até Belém seria
falsa. Os registros romanos mostram que Quirino (Aquele que teria feito o censo
que obrigou a viagem a Belém) só assumiu no ano de 6 d. C. – 12 anos depois do
ano de nascimento de Jesus...(Página 47).
O Dr. Hanegraaf nos
informa: Na verdade, o censo de César Augusto é famoso – tão famoso, de fato,
que os historiadores de crédito nem mesmo debatem a questão. O historiador
Judeu Flávio Josefo, por exemplo, se refere a um censo Romano em 6 A.D.
Considerando o alcance do censo, é lógico assumir que custou muito a ser
completado. É razoável se inferir que começou com César Augusto por volta de 5
A.C., e que foi completado aproximadamente uma década depois. Lucas, um
historiador meticuloso, nota que o censo foi primeiro completado quando Quirino
era governador da Síria. De fato, como o historiador Paul Maier explicou – “Os
Romanos demoraram 40 anos para completar o censo na Gália. Se considerarmos uma
província na Palestina, a 1.500 milhas de Roma, se tomou uma década foi muito
rápido. E visto que aquele censo finalmente veio até a administração de
Quirino, Lucas pöde corretamente chamá-lo de seu censo”. (Extraído da Revista Defesa
da Fé, n 41, página 37).
Jesus, Filho de um Relacionamento
Espúrio?
Corroboramos com a
afirmação da Revista Super Interessante de que Maria teve outros filhos após o
nascimento de Jesus, mas afirmar que Ele é fruto de um relacionamento da jovem
virgem com um soldado Romano, é faltar com a verdade dos fatos. Não podemos
obrigar os sapientes jactanciosos da vida a acreditarem em milagres, agora
inventar em detrimento do seu ceticismo, é faltar com a ética científica e
historiográfica. Vejam o que diz a revista: Alguns textos apócrifos dos séculos
II e III sugerem que Jesus é fruto de uma relação de Maria com um soldado
romano. (Página 47).
O próprio Senhor Jesus
insistiu que não foi gerado por José ou por qualquer homem, mas por Deus –
Filho Unigênito de Deus (Jo. 1:18). Observe que Jesus não afirma ser
simplesmente alguém que foi gerado por Deus. Antes, afirma ser a única pessoa
nascida que foi gerada de tal maneira. Ele é o único Filho gerado de Deus.
Ninguém mais chegou a nascer de uma virgem.
A Igreja Apostólica
nunca teve dúvida sobre a questão de Jesus ter sido concebido por uma virgem.
Os primeiros líderes da Igreja cristã, chamados de Pais da Igreja, corroboraram
positivamente com os ensinos dos apóstolos. Em 110 A.D. Inácio escreveu: Pois
nosso Deus Jesus Cristo... foi concebido no ventre de Maria... pelo Espírito
Santo. Pois a virgindade de Maria e Aquele que dela nasceu... são os mistérios
mais comentados em todo o mundo... Inácio recebeu a informação de seu mestre, o
apóstolo João.
Um outro dos
escritores pós-apostólicos, Aristides, em 125 A.D., fala dos nascimento virginal
de Jesus: “Ele é o próprio Filho do Deus excelso que se manifestou pelo
Espírito Santo, desceu dos céus e, nascido de uma virgem hebréia, se encarnou a
partir da virgem...”
Em 150 A.D. Justino
oferece muitas provas a favor da idéia do nascimento milagroso do Senhor:
“Nosso mestre Jesus Cristo, que é o primogênito de Deus Pai, não nasceu como
resultado de relações sexuais... O poder de Deus, descendo sobre a virgem,
cobriu-a com sua sombra e fez com que, embora ainda virgem, concebesse...”
(Apologia 1:21-33; Diálogo com Trifo, o Judeu).
O primeiro grande
Cristão de fala latina foi o advogado convertido, Tertuliano. Ele nos informa
que, em seus dias, (200 A.D.) existia não apenas um credo cristão estabelecido,
sobre o qual todas as igrejas concordavam... Ele cita esse credo quatro vezes,
o qual inclui as palavras ex virgine Maria,que significa – da Virgem Maria,
dando a entender claramente que Cristo nascerá de uma mulher virgem. (Adaptado do Livro: Evidëncias Que Exigem um Veredicto, Vol.1)
As citações acima não
são apenas de ordem teológica, mas, dentro de um contexto historiográfico, são
documentos e evidëncias históricas mostrando que os cristãos sempre creram no
nascimento virginal de Jesus Cristo. Agora, ter nesse fato um dogma de fé, é outra
coisa, mas negar as provas documentais que giram em torno do nascimento virginal
de Cristo, é desonestidade.
Quero que o leitor
observe que a Revista Super Interessante alega que a idéia de Jesus ter sido
gerado de um relacionamento espúrio é de uma fonte apócrifa. Seria uma fonte
apócrifa confiável? O Dicionário Aurélio informa-nos o seguinte: [Do gr.
apókryphos, pelo lat. tard. apocryphu.] Adj. - Diz-se de obra ou fato sem
autenticidade, ou cuja autenticidade não se provou. Ou seja, a revista usou uma
obra sem autenticidade para querer comprovar fatos históricos contra as
evidëncias fidedignas já existentes. Ainda declarou serem “novas” as questões
ali apresentadas, embora todas já foram muito bem refutadas.
A BÍBLIA OU A
SUPERINTERESSANTE?
A arqueologia como
ciência moderna, estuda as coisas antigas das civilizações passadas a fim de
entender o progresso cultural da humanidade. Quando se trata de arqueologia
bíblica, seu interesse se relaciona direta ou indiretamente com a Bíblia e a
sua mensagem. Devido às descobertas recentes estão sendo fundados institutos e
escolas especialmente preparadas para este tipo de pesquisa. Os grandes museus
do mundo já conta em seus acervos vários artefatos que saíram das pás dos
arqueólogos em testemunhos dos povos que estiveram aqui antes de nós. Muito
mais do que isto veja a nação de Israel, que sobreviveu até hoje tendo passado
por várias guerras e lutas, apesar de tudo esta pequena nação permaneceu,
embora subjugada por nações sucessivas como o Egito, Assíria, Babilônia,
Pérsia, Grécia e Roma, enquanto as nações contemporâneas já haviam
desaparecido. Os conquistadores com seus magníficos palácios e monumentos
ficaram sepultados no túmulo de esquecimento, enquanto as obras dos humildes
profetas de Israel foram conservadas e falam poderosamente até os dias de hoje.
Se o povo do Livro como são conhecidos os judeus não tivessem preservado os
escritos proféticos será que estaríamos hoje questionando estes fatos?
Colocaríamos a Bíblia no banco dos réus? Tudo isso acontece porque ela é
infalível na sua composição original e completamente digna de confiança em
quaisquer áreas que venha se expressar, sendo também autoridade final e suprema
de fé e conduta. Terminamos este artigo com as palavras de um filósofo: “em
caso de dúvida, deve-se favorecer o próprio documento, e não a posição
questionadora do crítico” (Aristóteles).
Boxe/boxe/boxe ( no
mito Gigamés e atharasis)
Sem dúvida, a
arqueologia fascina. Sepultura antigas, inscrições crípticas gravadas em pedras
ou escritas em papiros, casos de cerâmica, moedas desgastadas – são pistas
tentadoras para qualquer investigador inveterado.[12]
Randall Price – mestre
em Teologia do Antigo Testamento e em línguas Semíticas, pelo Dallas
Theological Seminary e Doutor em Estudos do Oriente Médio, pela Universidade do
Texas, tem feito estudos de pós-graduação em Arqueologia na Universidade
Hebraica de Jerusalém e ensinado Arqueologia Bíblica na Universidade do Texas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário